sexta-feira, 18 de julho de 2008

O Carvalho da Forca

Mesmo em frente à Câmara Municipal de Montalegre está um Carvalho-alvarinho de grande relevância histórica: nele foi enforcado o último condenado à morte de Montalegre, em 1844. Tem uma placa que assinala o acontecimento e reconhece o estatuto de protecção da árvore.

Uns bancos a toda a volta do Carvalho propiciam o sítio ideal para um fim de tarde de Verão, apreciando a sombra fresca no calor estival.


Espécie: Quercus robur

Idade estimada: 300 anos

Dimensões:
PAP: 365 cm DAP: 116 cm
Altura: 12,0 m
Diâmetro de copa: 9,60 m


Condicionantes ambientais: Apresenta cavidades grandes no tronco e ramos principais. Tem muitos ramos partidos e secos, com muita rebentação adventícia. A folhas têm cloroses e praga de afídeos.

Intervenções propostas: Recomenda-se drenar a cavidade maior, de modo a não haver acumulação de águas que possam acelerar o processo de decomposição. É uma árvore que deve ser avaliada regularmente, uma vez que está numa área de circulação pedonal.




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O Carvalho do Mosteiro

Em pleno Parque Nacional do Gerês, perto de Pitões das Júnias, seguimos por um caminho em pedra, monte abaixo, em busca de um Carvalho-alvarinho.

Encontrámo-lo à entrada do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, edifício que data do século XII. É um exemplar de bom porte, visível desde o caminho romano que dá acesso ao Mosteiro.


Espécie: Quercus robur

Idade estimada: 300 anos

Dimensões:
PAP: 395 cm DAP: 126 cm
Altura: 26,8 m
Diâmetro de copa: 21,40 m


Condicionantes ambientais: Está mesmo à beira do ribeiro e as condições de constante humidade levaram ao desenvolvimento de líquenes no tronco e ramos, de tal modo que lhe dão um aspecto ainda mais ancião do que ele é na realidade. Apresenta alguns ramos secos e partidos mas globalmente é um exemplar bem conservado.

Intervenções propostas: A colocação de uma placa indicativa do estatuto de protecção é fundamental, ainda mais dada a localização junto a um edifício histórico.



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A Castanheira de Vales

Depois de alguns quilómetros em terra batida, passando pela Praia Fluvial de Tresminas, no Rio Tinhela, chegámos à aldeia de Vales, e logo nos deparámos com aquele colosso, a Castanheira considerada o exemplar de maior perímetro da sua espécie, em Portugal.

Com mais de 15 m de circunferência é concerteza a árvore mais larga que já tive o prazer de conhecer! E apesar da idade avançada, estimada em 500 anos, ainda mantém um porte e vigor invejáveis.

Espécie: Castanea sativa

Idade estimada: 500 anos

Dimensões:
PAP: 1536 cm DAP: 489 cm
Altura: 24,2 m
Diâmetro de copa: 23,10 m




Condicionantes ambientais: A Castanheira encontra-se num souto jovem, onde também há pastoreio. Tem uma grande cavidade no tronco, mas encontra-se vegetativamente bem. A cavidade foi tratada com calda bordalesa há dois anos. É bifurcada a 1,20 m, medindo-se as duas pernadas na determinação do perímetro. É considerado o Castanheiro com maior perímetro de Portugal.
Intervenções propostas: Aconselha-se a colocação de uma placa indicativa do estatuto da árvore e a colocação de uma cerca de protecção contra o gado que pasta nas cercanias, de forma a minimizar a compactação do solo.



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O Pinheiro-manso de Loivos

Junto à Estrada Nacional 311, de Vidago em direcção a Loivos, encontra-se o Pinheiro-manso que procurávamos. Se não foi nada difícil encontrá-lo, o mesmo já não se pode dizer das medições que tínhamos que efectuar. Ainda conseguimos calibrar o Vertex (aparelho medidor da altura), mas na altura de medir, as pilhas foram-se... Acorremos à mercearia de Loivos e comprámos uma das duas únicas pilhas que havia. De volta à árvore, ligámos o aparelho, ou melhor, tentámos ligar, mas... nada!!! A pilha não tinha carga! Ainda bem que havia duas pilhas em Loivos...

O Pinheiro-manso foi fustigado por um vendaval em Fevereiro último (como, aliás, toda a região) que provocou danos extensos nos ramos principais, partindo cerca de metade deles.

Espécie: Pinus pinea

Idade estimada: 250-300 anos

Dimensões:
PAP: 400 cm DAP: 127 cm
Altura: 26,8 m
Diâmetro de copa: 29,00 m


Condicionantes ambientais: Está situada num terreno onde foi instalado um povoamento de Robinia. O Pinheiro apresenta codominância entre duas pernadas a cerca de 2,0 m. Um vendaval em Fevereiro último desfalcou a árvore de quase metade dos ramos principais. A presença de ramos partidos fragiliza a árvore e é porta de entrada de insectos, fungos e bactérias. Apresenta desfoliação localizada.

Intervenções propostas: Aconselha-se a poda dos ramos partidos, antes do próximo Inverno, tendo o cuidado de não desequilibrar a árvore. Deveria ser colocada uma placa indicativa do estatuto de protecção.



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quinta-feira, 17 de julho de 2008

A Nogueira de Paçó

Na aldeia de Paçó, em Quintela, Vinhais encontra-se uma Nogueira protegida com o estatuto de Árvore com Interesse Público, à beira da estrada que conduz de volta à Estrada Nacional 103, que liga Vinhais a Bragança.

A Nogueira está na bordadura de um prado com pastagem de gado bovino. Foi colocada uma cerca para proteger o tronco e os ramos dos potenciais danos provocados pelos animais, mas sendo a Nogueira uma das poucas sombras, o solo está muito compactado por pisoteio das vacas.

Espécie: Juglans regia

Idade estimada: 200 anos

Dimensões:
PAP: 760 cm DAP: 242 cm
Altura: 13,9 m
Diâmetro de copa: 19,30 m


Condições ambientais: A árvore está em dieback e tem muita quantidade de ramos secos e partidos. As folhas apresentam necroses. Tem uma placa informativa do estatuto de Árvore de Interesse Público colocada pela Câmara Municipal de Vinhais.

Intervenções propostas: A poda de ramos secos e partidos é aconselhada, mas não de uma vez só, sob risco de provocar desequilíbrios, dos quais a árvore poderia não recuperar. Deveria ser impedido o pastoreio num raio de 35 metros.



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A Castanheira de Lagarelhos

Em pleno Nordeste Transmontano, na Aldeia de Lagarelhos, freguesia de Vilar de Ossos, Vinhais, encontra-se um dos castanheiros com maior perímetro de Portugal: a Castanheira de Lagarelhos.

A tradição manda que os noivos vão visitar a árvore no dia do casamento. As gerações que a Castanheira já abençoou, no seu meio século de vida!

Como é normal em árvores desta idade, apresenta grandes cavidades no tronco e ramos principais, que infelizmente servem de caixote do lixo aos inúmeros visitantes que recebe todos os anos. Nem a placa a indicar o estatuto de protecção os dissuadiu de vandalizar esta monumental árvore.


Espécie: Castanea sativa

Idade estimada: 500 anos

Dimensões:
PAP: 1090 cm DAP: 347 cm
Altura: 14,1 m
Diâmetro de copa: 21,20 m



Condicionantes ambientais: O Largo envolvente à árvore foi asfaltado há quatro anos, mesmo até à base da Castanheira, resultando numa impermeabilização do solo. Tem muitas cavidades, como é normal numa árvore desta idade. Apresenta alguns sinais de vandalismo no tronco e nas cavidades.

Intervenções propostas: Aconselha-se a colocação de uma cerca que impeça o acesso às cavidades da árvore, tentando diminuir os casos de vandalismo.





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O Cedro do Jardim da Madalena

Ao atravessar a ponte pedonal sobre o rio Tâmega, em Chaves, vislumbra-se a silhueta de cinco Cedros, o mais alto dos quais está classificado como Árvore de Interesse Público.

O Jardim da Madalena foi remodelado no ano passado, e como tal, também o Cedro foi "requalificado" e sofreu uma poda um pouco exagerada. Ainda assim, está em bom estado e com um porte imponente.


Espécie: Cedrus sp.

Idade estimada: 250-300 anos

Dimensões:
PAP: 405 cm DAP: 129 cm
Altura: 42,5 m
Diâmetro de copa: 23,20 m

Condicionantes ambientais: As movimentações de veículos pesados e a remoção de terra e abertura de valas, provocaram alguns danos à árvore, que apresenta raízes superficiais e podridão radicular. Está, no entanto, em boa condição e com porte e vigor apreciáveis.

Intervenções propostas: Aconselha-se a colocação de uma placa indicativa do estatuto de Árvore de Interesse Público.




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Os Carvalhos de Gogim

Mesmo à entrada de Gogim, Armamar, encontrámos dois velhos Carvalhos, de silhueta visível a longa distância. Logo deu para perceber que as árvores tinham menos copa do que o esperado, escassa e com muitos ramos secos.

Estão situados num pomar de macieiras instalado há três anos; os trabalhos de mobilização do solo podem ter provocado danos no sistema radicular das árvores.


Espécie: Quercus robur

Idade estimada:
200 anos

Dimensões:
Árvore 1 [Nascente]:
PAP: 350 cm DAP: 111 cm
Altura: 20,7 m
Diâmetro de copa: 16,50 m

Árvore 2 [Poente]:
PAP: 275 cm DAP: 88 cm
Altura: 21,3 m
Diâmetro de copa: 17,60 m


Condicionantes ambientais: A preparação do terreno pode ter danificado o sistema radicular, catalisando a situação de dieback em que se encontram as árvores. Presença de muitos ramos secos e partidos, tanto principais como secundários. A árvore Poente tem uma praga de afídeos.

Intervenções propostas: Aconselha-se a poda de ramos secos e partidos, mas faseada de modo a não diminuir drasticamente a carga e provocar desequilíbrios. Alguns tocos resultantes de podas anteriores deveriam ser podados mais rente. Recomenda-se a colocação de uma placa indicativa do estatuto de protecção e a sensibilização junto do proprietário para não mobilizar o solo numa área com raio pelo menos igual a quinze vezes o DAP (17 metros).




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Os Azevinhos de Leomil

Na Estrada Nacional 226, na entrada da propriedade do Sr. Joaquim Centeio, encontram-se dois Azevinhos de grande porte.

Um exemplar macho e outro fêmea, que se unem no topo para formar um belo arco em pórtico sobre o portão que dá acesso à casa.

O Azevinho macho está em decrepitude, estando a copa reduzida a apenas um terço do que seria esperado.


Espécie: Ilex aquifolium

Idade estimada: 100-150 anos

Dimensões:
Árvore 1 [Fêmea]:
PAP: 190 cm DAP: 60 cm
Altura: 9,8 m
Diâmetro de copa: 4,90 m

Árvore 2 [Macho]:
PAP: 165 cm DAP: 53 cm
Altura: 9,0 m
Diâmetro de copa: 3,70 m


Condicionantes ambientais: Os Azevinhos encontram-se na entrada de uma propriedade, formando um arco com a sua copa. A árvore macho apresenta forte dieback, desde há cerca de 10 anos. Ambas estão bastante afectadas com uma praga de afídeos. Apresentam codominâncias com casca inclusa, com bastante exsudação. Têm alguma rebentação adventícia na base, efeito provável da compactação a que estão sujeitos os Azevinhos.

Intervenções propostas: Aconselha-se o tratamento com pirimicarbe, para controlar a praga de afídeos; a lavagem com água e sabão também tem efeitos benéficos nestes casos, diminuindo o número de indivíduos por arrastamento. Recomenda-se a colocação de placa indicativa do estatuto de protecção.




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sábado, 5 de julho de 2008

Os Teixos do Jardim do Cabo

Em pleno Douro Património Mundial, no centro de São João da Pesqueira, no Jardim contíguo ao Palácio da Justiça, encontram-se (quase) disfarçados dois Teixos centenários, de largas dimensões e frondosa sombra.

Apesar de bastante maltratados com actos de vandalismo (até fogo na base!), são dois belíssimos exemplares. Ramos cruzados, entrecruzados e descruzados, arcaicos e longínquos, juntam-se para criar uma única copa de quase 25m de diâmetro.


Espécie: Taxus baccata

Idade estimada: 200-300 anos

Dimensões:
Árvore 1 [Norte]:
PAP: 4,10 m DAP: DAP: 1,30 m
Altura: 8,9 m
Diâmetro de copa: 13,90 m

Árvore 2 [Sul]:
PAP: 2,70 m DAP: 0,86 m
Altura: 6,4 m
Diâmetro de copa: 10,70 m


Condicionantes ambientais: As árvores estão instaladas num Jardim Público, sem qualquer protecção ou indicação do estatuto de protecção. Esta situação propiciou os actos de vandalismo que os Teixos sofreram e que em muito os fragilizaram. A idade avançada é a maior limitação ao crescimento das árvores. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 2 [numa escala de 0-4, onde "0" representa uma árvore sã e "4" representa uma árvore morta], indicando uma condição sanitária débil, que pode agravar-se.

Intervenções propostas: A colocação de placa indicativa do estatuto de protecção poderá ajudar a prevenir actos de vandalismo.



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sexta-feira, 4 de julho de 2008

O Plátano de Alijó

Situado mesmo junto à Igreja Matriz de Alijó, este Plátano de 152 anos estende os seus ramos por toda a Avenida.

Está protegido por um gradeamento, ladeado por um banco onde podemos sentar-nos a desfrutar da sua sombra. Tem uma placa pendente, com uma prosa poética a enaltecer a Árvore, que assinala o seu centenário (1856-1956).


Diz-se em Alijó que as raízes do Plátano se estendem por todo o subsolo alijoense, chegando a mais de 500 metros de distância (!).

Apresenta codominância entre as 3 pernadas. Foi implementado um sistema de sustentação, que consiste nuns cabos de aço cravados nas 3 pernadas, unindo-as, a cerca de 4m de altura.



Espécie: Platanus acerifolia

Idade: 152 anos

Dimensões:
PAP: 6,40 m DAP: 2,04 m
Altura: 42,0 m
Diâmetro de copa: 31,10 m

Condicionantes ambientais: A maior limitação da árvore são os edifícios adjacentes, Igreja Matriz e habitação, que entram em conflito com os ramos do Plátano. A compactação não será desprezável, uma vez que há circulação automóvel e estacionamento a toda a volta da árvore.

Intervenções propostas: O sistema de cabos de sustentação não é o mais recomendado, devendo ser substituido por bandas elásticas ligando os ramos principais, que provocam menos danos na árvore que o actual sistema.






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quinta-feira, 3 de julho de 2008

O Eucalipto do Largo das Árvores

Chovia a cântaros, mas isso não nos desmotivou de conhecer mais um colosso em forma de árvore. Foi fácil encontrá-lo, junto à Estrada Nacional Nº 15.

Mas à chegada logo vimos que o Eucalipto não estava de perfeita saúde, a copa escassa e desequilibrada; um olhar mais atento e reparámos na possível causa: a árvore estava completamente rodeada de asfalto, nem um pedaço de solo visível. Tinha uma grande cavidade provocada pelo embate de um camião, há cerca de 10 anos. A árvore não foi capaz de compartimentar e a cavidade está invadida por fungos que vai debilitando a resistência mecânica do tronco.


Espécie: Eucalyptus globulus

Classificado em: 28 de Setembro de 1994

Idade estimada: 100-150 anos

Dimensões:
Altura: 42,0 m
PAP: 6,80 m || DAP: 2,16 m
Diâmetro de copa: 24,60 m
Condicionantes ambientais: O principal constrangimento ao crescimento da árvore é a compactação devida ao tráfego da EN-15; a impermeabilização do solo com asfalto impede a infiltração de água, debilitando o Eucalipto, e limitando a sua capacidade de resposta à agressão (cavidade extensa no tronco, a 1,30m, provocada por impacto de camião). A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 3 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta], indicando uma árvore bastante debilitada, em declínio.

Intervenções propostas: Colocar placa indicativa do estatuto de protecção; remover o asfalto da cercania da árvore, até à EN-15; proteger a árvore contra embate de veículos, com cerca ou grade.


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quinta-feira, 17 de abril de 2008

O Eucalipto de Palheiros

A tarde prometia chuva e assim o cumpriu. Chuva e vento. Fortes!

Mas como "chuva civil não molha florestal" (nem zootécnico, para todos os efeitos), seguimos em busca do Eucalipto da freguesia de Palheiros, em Murça, Vila Real.

Encontrámo-lo encostado à Estrada Nacional 15, mesmo à entrada da aldeia, no Largo da Fonte, obrigando-nos a erguer os olhos ao alto dos seus quase 50 metros (!).

A fonte foi lá instalada há cerca de 5 anos e as obras do saneamento poderão ter afectado o sistema radicular da árvore. Apresenta algumas podridões no colo da raiz.


Espécie: Eucalyptus globulus

Classificado em: 28 de Setembro de 1994

Idade estimada: 100-150 anos

Dimensões:
Altura: 48,80 m
PAP: 7,40 m || DAP: 2,35 m
Diâmetro de copa: 22,80 m

Condicionantes ambientais: As obras de instalação das tubagens do saneamento poderão ter danificado o sistema radicular da árvores, e devem ser as responsáveis pelas podridões da base. Outra limitação é a compactação do solo provocada pela estrada. O tronco apresenta alguns cancros. A copa está ligeiramente descompensada. Apresenta sinais de vandalismo no tronco. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 2 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta], indicando uma condição sanitária razoável.

Intervenção proposta: a colocação de uma placa a assinalar o estatuto de Árvore com Interesse Público pode ajudar a prevenir os actos de vandalismo, garantindo, em certa medida, a protecção da árvore.



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segunda-feira, 14 de abril de 2008

O Cipreste da Quinta do Pinheiro

Por duas vezes nos deslocámos à Quinta do Pinheiro, na aldeia de Sanhoane, Santa Marta de Penaguião, em busca de um Cipreste centenário. Da primeira vez fomos atrasados (típico!), da segunda vez, adiantados...

Situada num Solar do Douro com actividade vinícola, trata-se de um exemplar inserido num bosquete com várias árvores também com algum porte. Apresenta um grande desequilíbrio de copa, do lado Norte apenas tem copa no último quarto da árvore, do lado Sul tem copa desde os 2m de altura.

O Cipreste é habitado por um enxame de abelhas, que constituíram família numa das cavidades do tronco; é também o lar de várias aves, a julgar pelos ninhos que encontrámos.


Espécie: Cupressus sempervirens L.

Idade estimada: 100-150 anos

Classificada em: 10 de Março de 1993

Dimensões:
PAP: 3,90 m || DAP: 1,24 m
Altura: 22,00 m
Diâmetro de copa: 6,90 m

Condicionantes: a maior limitação da árvore é a idade, que não nos foi possível determinar com exactidão. Apresenta várias cavidades no tronco e alguma podridão na base, indicando provavelmente problemas radiculares. Tem um desequilíbrio de copa muito elevado, o que desvaloriza esteticamente a árvore; tem também alguma inclinação, não devendo no entanto gerar problemas de estabilidade. Insere-se num bosquete ajardinado que ladeia a casa. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 2 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta], indicando uma condição sanitária aceitável.

Intervenções proposta
s: devem ser vigiadas as cavidades; a árvore não tem, no entanto, necessidade de nenhuma intervenção.






segunda-feira, 7 de abril de 2008

Os Plátanos do Jardim do Peso

No mesmo Jardim do Cedro encontram-se 2 Plátanos classificados como de Interesse Público. Também estes se encontram identificados, mas a placa só indica o nome específico e a data de colocação.

Estão lado a lado, junto ao Parque Infantil, numa área recentemente ladrilhada. O tamanho da caldeira é manifestamente reduzido e insuficiente para árvores daquele porte.

Uma das árvores apresenta uma cavidade grande num dos ramos principais, sendo uma situação a vigiar. A outra árvore não tem cavidades, apresenta apenas uma ferida pouco extensa na base.




Espécie: Platanus acerifolia

Idade estimada: 120-130 anos

Dimensões:
Árvore 1 [Norte]:
PAP: 3,35 m DAP: 1,07 m
Altura: 31,90 m
Diâmetro de copa: 22,82 m

Árvore 2 [Sul]:
PAP: 2,75 m DAP: 0,88 m
Altura: 33,40 m
Diâmetro de copa: 21,25 m

Condicionantes ambientais:
A maior limitação das árvores é a caldeira insuficiente. Podem surgir problemas de drenagem devido à cobertura do solo com ladrilhos, aliado ao declive inexistente. A árvore 2 apresenta uma extensa cavidade num ramo principal, situação de deve ser vigiada, pois pode debilitar o ramo e provocar a sua queda. A árvore 1 tem uma ferida na base, provavelmente provocada por fogo.

Intervenção proposta:
Alargar a caldeira das árvores, retirando alguns ladrilhos da cercania da base; isto irá aumentar a área de infiltração de água e diminuir o risco de encharcamento. Vigiar a cavidade do ramo da árvore 2; se se verificar risco de queda, podar o ramo.



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domingo, 6 de abril de 2008

O Cedro do Jardim do Peso

Mais de meia hora perdidos na Régua (!!!), em busca de 3 árvores, e que, segundo indicações da DGRF, se encontrariam na mesmo rua, Dr. José de Sousa. Interpelámos vários reguenses e nenhum nos conseguiu indicar a dita rua.

Acabámos por parar no Quartel dos Bombeiros Voluntários da Régua e, após alguma discussão, indicaram-nos uma rua a 100 m de onde estávamos. Perfeito (pensámos), aqui tão perto. Desenganem-se, acabámos por andar vários km, por ruas íngremes e estreitas, até que reparámos que estávamos muito fora da Régua. Olhámos para a cidade e demos logo com o que procurávamos: o topo pontiagudo de um Cedro que subia acima de todos os edifícios indicou-nos o caminho.

Entrámos no Jardim Infantil do Peso e reparámos nas 3 ditas árvores: um Cedro e dois Plátanos. Mas fomos logo interpelados pelo responsável do Jardim, estavam a fechar "Agora só amanhã a partir das 9h30". Fizemos ar de súplica e o senhor acabou por deixar-nos ficar "Mas depois fechem o cadeado, está bem?"

O Cedro está num talude com declive acentuado, com fraca sustentação e pouco volume de solo. Apesar disso, está em bom estado de conservação, sem sinais de decrepitude. Foi submetido a uma poda recente, que eliminou alguns ramos secos, mas acabou por desequilibrar um pouco a copa.



Espécie: Cedrus spp.

Classificado em: 27 de Fevereiro de 1999

Idade estimada: 200-250 anos

Dimensões:
PAP: 5,90 m DAP: 1,88 m
Altura: 25,10 m
Diâmetro de copa: 24,80 m

Condicionantes ambientais: Compactação do solo, a caldeira é claramente insuficiente para uma árvore daquele porte; apresenta codominância elevada do tronco, mas todas as pernadas têm boa base de sustentação. A copa não está muito equilibrada, fruto também do declive do talude. É a primeira árvore que encontramos com uma placa identificativa, não revelando no entanto muito informação acerca do Cedro (apenas tem o nome específico e a data de colocação da placa).

Intervenção proposta: Nivelar o talude, alargando a caldeira e acrescentando solo. É importante garantir a estabilidade da árvore, até porque a sua sombra é projectada para o parque infantil e para um campo de jogos.



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