quinta-feira, 17 de abril de 2008

O Eucalipto de Palheiros

A tarde prometia chuva e assim o cumpriu. Chuva e vento. Fortes!

Mas como "chuva civil não molha florestal" (nem zootécnico, para todos os efeitos), seguimos em busca do Eucalipto da freguesia de Palheiros, em Murça, Vila Real.

Encontrámo-lo encostado à Estrada Nacional 15, mesmo à entrada da aldeia, no Largo da Fonte, obrigando-nos a erguer os olhos ao alto dos seus quase 50 metros (!).

A fonte foi lá instalada há cerca de 5 anos e as obras do saneamento poderão ter afectado o sistema radicular da árvore. Apresenta algumas podridões no colo da raiz.


Espécie: Eucalyptus globulus

Classificado em: 28 de Setembro de 1994

Idade estimada: 100-150 anos

Dimensões:
Altura: 48,80 m
PAP: 7,40 m || DAP: 2,35 m
Diâmetro de copa: 22,80 m

Condicionantes ambientais: As obras de instalação das tubagens do saneamento poderão ter danificado o sistema radicular da árvores, e devem ser as responsáveis pelas podridões da base. Outra limitação é a compactação do solo provocada pela estrada. O tronco apresenta alguns cancros. A copa está ligeiramente descompensada. Apresenta sinais de vandalismo no tronco. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 2 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta], indicando uma condição sanitária razoável.

Intervenção proposta: a colocação de uma placa a assinalar o estatuto de Árvore com Interesse Público pode ajudar a prevenir os actos de vandalismo, garantindo, em certa medida, a protecção da árvore.



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segunda-feira, 14 de abril de 2008

O Cipreste da Quinta do Pinheiro

Por duas vezes nos deslocámos à Quinta do Pinheiro, na aldeia de Sanhoane, Santa Marta de Penaguião, em busca de um Cipreste centenário. Da primeira vez fomos atrasados (típico!), da segunda vez, adiantados...

Situada num Solar do Douro com actividade vinícola, trata-se de um exemplar inserido num bosquete com várias árvores também com algum porte. Apresenta um grande desequilíbrio de copa, do lado Norte apenas tem copa no último quarto da árvore, do lado Sul tem copa desde os 2m de altura.

O Cipreste é habitado por um enxame de abelhas, que constituíram família numa das cavidades do tronco; é também o lar de várias aves, a julgar pelos ninhos que encontrámos.


Espécie: Cupressus sempervirens L.

Idade estimada: 100-150 anos

Classificada em: 10 de Março de 1993

Dimensões:
PAP: 3,90 m || DAP: 1,24 m
Altura: 22,00 m
Diâmetro de copa: 6,90 m

Condicionantes: a maior limitação da árvore é a idade, que não nos foi possível determinar com exactidão. Apresenta várias cavidades no tronco e alguma podridão na base, indicando provavelmente problemas radiculares. Tem um desequilíbrio de copa muito elevado, o que desvaloriza esteticamente a árvore; tem também alguma inclinação, não devendo no entanto gerar problemas de estabilidade. Insere-se num bosquete ajardinado que ladeia a casa. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 2 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta], indicando uma condição sanitária aceitável.

Intervenções proposta
s: devem ser vigiadas as cavidades; a árvore não tem, no entanto, necessidade de nenhuma intervenção.






segunda-feira, 7 de abril de 2008

Os Plátanos do Jardim do Peso

No mesmo Jardim do Cedro encontram-se 2 Plátanos classificados como de Interesse Público. Também estes se encontram identificados, mas a placa só indica o nome específico e a data de colocação.

Estão lado a lado, junto ao Parque Infantil, numa área recentemente ladrilhada. O tamanho da caldeira é manifestamente reduzido e insuficiente para árvores daquele porte.

Uma das árvores apresenta uma cavidade grande num dos ramos principais, sendo uma situação a vigiar. A outra árvore não tem cavidades, apresenta apenas uma ferida pouco extensa na base.




Espécie: Platanus acerifolia

Idade estimada: 120-130 anos

Dimensões:
Árvore 1 [Norte]:
PAP: 3,35 m DAP: 1,07 m
Altura: 31,90 m
Diâmetro de copa: 22,82 m

Árvore 2 [Sul]:
PAP: 2,75 m DAP: 0,88 m
Altura: 33,40 m
Diâmetro de copa: 21,25 m

Condicionantes ambientais:
A maior limitação das árvores é a caldeira insuficiente. Podem surgir problemas de drenagem devido à cobertura do solo com ladrilhos, aliado ao declive inexistente. A árvore 2 apresenta uma extensa cavidade num ramo principal, situação de deve ser vigiada, pois pode debilitar o ramo e provocar a sua queda. A árvore 1 tem uma ferida na base, provavelmente provocada por fogo.

Intervenção proposta:
Alargar a caldeira das árvores, retirando alguns ladrilhos da cercania da base; isto irá aumentar a área de infiltração de água e diminuir o risco de encharcamento. Vigiar a cavidade do ramo da árvore 2; se se verificar risco de queda, podar o ramo.



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domingo, 6 de abril de 2008

O Cedro do Jardim do Peso

Mais de meia hora perdidos na Régua (!!!), em busca de 3 árvores, e que, segundo indicações da DGRF, se encontrariam na mesmo rua, Dr. José de Sousa. Interpelámos vários reguenses e nenhum nos conseguiu indicar a dita rua.

Acabámos por parar no Quartel dos Bombeiros Voluntários da Régua e, após alguma discussão, indicaram-nos uma rua a 100 m de onde estávamos. Perfeito (pensámos), aqui tão perto. Desenganem-se, acabámos por andar vários km, por ruas íngremes e estreitas, até que reparámos que estávamos muito fora da Régua. Olhámos para a cidade e demos logo com o que procurávamos: o topo pontiagudo de um Cedro que subia acima de todos os edifícios indicou-nos o caminho.

Entrámos no Jardim Infantil do Peso e reparámos nas 3 ditas árvores: um Cedro e dois Plátanos. Mas fomos logo interpelados pelo responsável do Jardim, estavam a fechar "Agora só amanhã a partir das 9h30". Fizemos ar de súplica e o senhor acabou por deixar-nos ficar "Mas depois fechem o cadeado, está bem?"

O Cedro está num talude com declive acentuado, com fraca sustentação e pouco volume de solo. Apesar disso, está em bom estado de conservação, sem sinais de decrepitude. Foi submetido a uma poda recente, que eliminou alguns ramos secos, mas acabou por desequilibrar um pouco a copa.



Espécie: Cedrus spp.

Classificado em: 27 de Fevereiro de 1999

Idade estimada: 200-250 anos

Dimensões:
PAP: 5,90 m DAP: 1,88 m
Altura: 25,10 m
Diâmetro de copa: 24,80 m

Condicionantes ambientais: Compactação do solo, a caldeira é claramente insuficiente para uma árvore daquele porte; apresenta codominância elevada do tronco, mas todas as pernadas têm boa base de sustentação. A copa não está muito equilibrada, fruto também do declive do talude. É a primeira árvore que encontramos com uma placa identificativa, não revelando no entanto muito informação acerca do Cedro (apenas tem o nome específico e a data de colocação da placa).

Intervenção proposta: Nivelar o talude, alargando a caldeira e acrescentando solo. É importante garantir a estabilidade da árvore, até porque a sua sombra é projectada para o parque infantil e para um campo de jogos.



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Os Plátanos na Rotunda

Domingo solarengo, partimos em direcção a Parada de Cunhos, Vila Real, em busca de dois plátanos centenários. Demos de frente com eles, na rotunda de acesso ao IP4.

São dois exemplares magníficos, salvos da motosserra pelo zelo do Presidente da Junta de Parada de Cunhos, que rapidamente os propôs a Árvores de Interesse Público, aquando da construção da dita rotunda.

Estão em bom estado de conservação, pese embora os múltiplos sinais de vandalismo no tronco, nomeadamente pregos e agrafos, claramente usados para afixar cartazes.

Somos da opinião que deve ser colocada uma placa identificativa da classificação dos Plátanos e deve ser vigiada a afixação de cartazes. Pensamos que a placa pode ajudar a prevenir os actos de vandalismo, atraindo a atenção do público; essa publicidade garante, em certa medida, a protecção das árvores.



Espécie: Platanus acerifolia

Classificados em: 9 de Agosto de 2001

Idade estimada:
100-150 anos

Dimensões:

Árvore 1 [Sul]:
PAP: 3,30 m DAP: 1,05 m
Altura: 35,10 m
Diâmetro de copa: 24,20 m

Árvore 2
[Norte]:
PAP: 4,00 m DAP: 1,27 m
Altura: 33,20 m
Diâmetro de copa: 24,90 m

Condicionantes ambientais:
A grande limitação das árvores é a proximidade da estrada e a compactação que daí advém. A caldeira tem um tamanho adequado. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 1 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta], indicando a boa condição sanitária dos Plátanos. Têm alguns sinais de vandalismo, nomeadamente pregos e agrafos no tronco.

Intervenção recomendada: A colocação da placa identificativa é uma prioridade.




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sábado, 5 de abril de 2008

O Pinheiro-manso de Benagouro

Mesmo colado à Estrada Nacional 2, entre Vila Real e Vila Pouca de Aguiar, na aldeia de Benagouro, é impossível não reparar no gigante que se levanta na paisagem algo desoladora de matagal, fruto inequívoco dos incêndios de 2003 e 2005.


Já quatro curvas antes se vislumbrava a silhueta deste Pinus pinea, mas só ao chegar mesmo junto dele nos apercebemos da praga que o assolava: vários ninhos de processionária (Thaumetopoea pytiocampa) ou côxo como é conhecido por estas bandas o insecto lepidóptero, lagarta-do-pinheiro.

Situado mesmo junto a uma Escola Primária, esta infestação pode tornar-se um problema de saúde pública, devendo ser vigiada a descida das lagartas.


Espécie: Pinus pinea L.

Classificada em: 29 de Janeiro de 2001

Idade estimada: 300 anos

Dimensões:
PAP: 4,00 m DAP: 1,27 m
Altura: 26,80 m
Diâmetro de copa: 22,20 m

Condicionantes ambientais:
Compactação do solo, fica situado mesmo à beira de uma estrada com tráfego rodoviário muito intenso. Há cerca de 8 anos removeram uma quantidade apreciável de solo, aquando da construção de uma habitação vizinha. Foi submetida a uma poda da responsabilidade da DGRF há 3 anos, a copa ficou algo desequilibrada. Foi colocado um poste da rede eléctrica mesmo colado à árvore, obrigando ao corte de uma pernada que entretanto crescia contra o poste. Está bastante afectada com vários ninhos de Thaumetopoea pytiocampa. A Classe de Estrago [Reg. Europeu1696/87] é de 2 .[numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta].

Intervenção recomendada:
Vigiar a descida das lagartas e aplicar insecticida na procissão. Instalar placa identificativa da árvore com as dimensões e a data da classificação.





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O Castanheiro do lado

Mesmo ao lado do anterior, estava um outro exemplar da espécie, mas este encontrava-se ainda vivo, se bem que bastante maltratado.

Foi sujeito a uma intervenção há cerca de 15 anos, no sentido de tapar as grandes cavidades que entretanto se formaram no tronco e nos ramos principais. Se, em teoria, não haveria nada de errado com isso, o que acabou por ser feito desafia qualquer bom-senso.

As cavidades foram cobertas com... isso mesmo, já estão a adivinhar... cimento!!! (Não estivéssemos nós num país de empreiteiros...). Esta "solução" acabou por ter piores consequências do que as cavidades.

Em árvores desta idade e dimensões, a melhor intervenção é não intervir, deixar a árvore fazer o que sabe fazer melhor, tratar de si própria. A tentativa de cobrir os buracos acaba por "enganar" a árvore, que deixa de reagir como seria conveniente, e favorece a criação de microclimas e o desenvolvimento de fungos, bactérias e insectos.

Espécie: Castanea sativa M.

Classificada em: árvore por classificar

Idade estimada:
500-600 anos

Dimensões:

PAP: 7,60 m || DAP: 2,42 m
Altura: 12,00 m
Diâmetro de copa: 11,50 m

Condicionantes ambientais: A grande limitação desta árvore é efectivamente o cimento nas cavidades, aliado à idade avançada (estimada em 500 anos). A área de projecção de copa é uma superfície ajardinada, seguida por pavimento em calçada, o que é bastante menos prejudicial em termos de compactação para as raízes do que o asfalto ou cimento. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 3 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta].

Intervenções recomendadas: Quanto ao cimento, consideramos que o melhor a fazer é deixar ficar, receando que qualquer intervenção possa ser ainda mais prejudicial. Aconselhamos a colocação de uma placa identificativa da árvore, com as dimensões e a data de classificação de Árvore de Interesse Público.


O Castanheiro disfarçado

De Castro Daire seguimos para norte, em direcção a Lamego, onde também procurávamos duas árvores (igualmente uma viva e uma morta).

Não tivemos que escolher qual iríamos ver primeiro, pois estes castanheiros são vizinhos. Mas o que encontrámos foi mais do que esperávamos. Ao fundo de uma alameda, no topo da Santuário da Sr.ª dos Remédios, ladeando o Hotel, lá estavam os dois exemplares.

Mas, enquanto um era claramente um castanheiro, ainda desnudo de folhas (como seria de esperar), o outro apresentava uma copa frondosa, em nada semelhante à copa de um castanheiro. Ao aproximarmo-nos verificámos o impensável: a copa não era da árvore, o castanheiro já estava morto havia mais de 15 anos; a copa era de uma trepadeira que tão oportunamente colonizou os ramos mortos da árvore!!!
Esta hera disfarçada de castanheiro enganou vários transeuntes que efectivamente pensavam tratar-se de uma qualquer outra árvore.


Espécie: Castanea sativa M.

Classificada em: 12 de Fevereiro de 1940

Idade estimada: 700-800 anos

Dimensões:

PAP: 9,25 m || DAP: 2,94 m

Condicionantes ambientais: A árvore está completamente invadida por uma trepadeira do género Ligustrum, sendo a opinião das autoridades autárquicas que essa foi a derradeira causa da morte. Consideramos, no entanto, que não deve ser removida, o enquadramento estético desta árvore deve ser valorizado. No entanto, atendendo ao elevado grau de degradação lenhosa e ao facto de se localizar numa zona de grande circulação de pessoas, deveriam ser adoptadas algumas medidas de segurança, nomeadamente a protecção do cepo com um cabo de aço. Esta medida, com poucos impactos visuais e mínimo investimento, pode resolver o problema da segurança e permitir a permanência da árvore por longos anos.




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O Carvalho Ancião

Foi bem mais difícil de encontrar que a Carvalha de Ribolhos. Fica junto à capela de Nª. Sª. do Presépio, em Mosteiro, Castro Daire. A dificuldade foi descobrir o caminho para a capela. Uma vez lá chegados, não havia como perdê-lo, aliás, perdê-los.

Sabíamos que procurávamos o carvalho mais antigo de Portugal e que já estava morto. O que não esperávamos era encontrar outro carvalho dentro dele!!! Quando o ancião morreu, as autoridades acharam (e muito bem!) que deveriam plantar um novo exemplar exactamente no mesmo sítio, em jeito de homenagem ao velho carvalho, e sem retirar a imensidão do cepo, que lá ficou a servir de protecção e a fornecer nutrientes ao jovenzinho.



Espécie: Quercus robur L

Classificada em: 2 de Março de 1942

Idade estimada: mais de 1000 anos

Dimensões:

PAP: 10,50 m DAP: 3,34 m

Condicionantes ambientais: O cepo da árvore está protegido com uma estrutura interna de suporte que consiste em 3 barras de metal, arranjadas de forma a suportar o peso do cepo e impedir que desabe para o interior; um cabo de aço no exterior sustem o cepo. Esta estrutura está bastante bem concebida, tem um impacto visual reduzido e permite a sustentação do cepo, perpetuando o valor da árvore que ali esteve e garantindo a segurança dos que ainda hoje a vão admirar.
A árvore, apesar de estar morta, merecia ter uma placa de identificação, a mencionar o facto de ter sido o carvalho mais antigo de Portugal, já na altura da sua classificação era considerado milenar.



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sexta-feira, 4 de abril de 2008

A Carvalha de Ribolhos

Na primeira verdadeira tarde primaveril, seguimos para sul, rumo a Castro Daire, em busca de 2 árvores (uma viva e outra morta). Obviamente, começámos pela viva.

Não foi difícil chegar a Ribolhos (com o primeiro "o" aberto) e muito mais fácil foi encontrar a Carvalha; quase que diria que foi ela que nos encontrou!

Magnífico exemplar, espraiava-se pelo largo da aldeia, pintalgado de folhas verdejantes. Um verdadeiro assombro, a "minha" primeira árvore e que bela!

Nem denunciava o peso da idade, quem a visse a sorrir à Primavera, lançando todos os rebentos na direcção do sol.


Espécie: Quercus robur L.

Classificada em: 27 de Outubro de 1964

Idade estimada: 300 anos

Dimensões:

PAP: 5,95 m DAP: 1,89 m
Altura: 23,50 m
Diâmetro de copa: 22,70 m

Condicionantes ambientais:
compactação do solo, fica no largo da aldeia, onde há circulação automóvel; apesar da caldeira ter um tamanho razoável, são de prever algumas complicações devidas à compactação. Também o "mulching" não é o mais adequado, casca de pinheiro, pode acidificar demasiado o solo, poderia ser substituído por ervado, ou pelo menos reduzir a quantidade de casca de pinheiro.

Sanidade:
árvore em pleno vigor; foi intervencionada o ano passado, cortaram alguns ramos, a árvore está a recuperar bem; recomenda-se o acompanhamento da recuperação [tentando evitar o que aconteceu com o Carvalho de Calvos, que recuperou muito bem nos 2 primeiros anos pós-intervenção, mas acabou por sucumbir ao terceiro ano].



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