segunda-feira, 14 de abril de 2008

O Cipreste da Quinta do Pinheiro

Por duas vezes nos deslocámos à Quinta do Pinheiro, na aldeia de Sanhoane, Santa Marta de Penaguião, em busca de um Cipreste centenário. Da primeira vez fomos atrasados (típico!), da segunda vez, adiantados...

Situada num Solar do Douro com actividade vinícola, trata-se de um exemplar inserido num bosquete com várias árvores também com algum porte. Apresenta um grande desequilíbrio de copa, do lado Norte apenas tem copa no último quarto da árvore, do lado Sul tem copa desde os 2m de altura.

O Cipreste é habitado por um enxame de abelhas, que constituíram família numa das cavidades do tronco; é também o lar de várias aves, a julgar pelos ninhos que encontrámos.


Espécie: Cupressus sempervirens L.

Idade estimada: 100-150 anos

Classificada em: 10 de Março de 1993

Dimensões:
PAP: 3,90 m || DAP: 1,24 m
Altura: 22,00 m
Diâmetro de copa: 6,90 m

Condicionantes: a maior limitação da árvore é a idade, que não nos foi possível determinar com exactidão. Apresenta várias cavidades no tronco e alguma podridão na base, indicando provavelmente problemas radiculares. Tem um desequilíbrio de copa muito elevado, o que desvaloriza esteticamente a árvore; tem também alguma inclinação, não devendo no entanto gerar problemas de estabilidade. Insere-se num bosquete ajardinado que ladeia a casa. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 2 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta], indicando uma condição sanitária aceitável.

Intervenções proposta
s: devem ser vigiadas as cavidades; a árvore não tem, no entanto, necessidade de nenhuma intervenção.






1 comentário:

Unknown disse...

Este é sem duvida um projecto (Blog) que deve ser divulgado, não só por dar a conhecer o local onde está situado o nosso património arbóreo classificado como de interesse público nos distritos de Vila Real, Viseu e Bragança , mas também pelo facto da necessidade de alertar para situações de má conservação e "abandono" destas que sempre foram as melhores amigas do homem, que o acompanharam durante toda a vida e sempre lhe forneceram uma variedade de matérias primas,como madeira, oxigénio, abrigo,etc... sem nunca lhe pedir nada em troca.
Esta é sem duvida, mais uma das boas ideias desta nossa amiga.
Parabéns pela concepção gráfica e pelas magníficas fotos.

Pedro Mourão