sábado, 5 de abril de 2008

O Pinheiro-manso de Benagouro

Mesmo colado à Estrada Nacional 2, entre Vila Real e Vila Pouca de Aguiar, na aldeia de Benagouro, é impossível não reparar no gigante que se levanta na paisagem algo desoladora de matagal, fruto inequívoco dos incêndios de 2003 e 2005.


Já quatro curvas antes se vislumbrava a silhueta deste Pinus pinea, mas só ao chegar mesmo junto dele nos apercebemos da praga que o assolava: vários ninhos de processionária (Thaumetopoea pytiocampa) ou côxo como é conhecido por estas bandas o insecto lepidóptero, lagarta-do-pinheiro.

Situado mesmo junto a uma Escola Primária, esta infestação pode tornar-se um problema de saúde pública, devendo ser vigiada a descida das lagartas.


Espécie: Pinus pinea L.

Classificada em: 29 de Janeiro de 2001

Idade estimada: 300 anos

Dimensões:
PAP: 4,00 m DAP: 1,27 m
Altura: 26,80 m
Diâmetro de copa: 22,20 m

Condicionantes ambientais:
Compactação do solo, fica situado mesmo à beira de uma estrada com tráfego rodoviário muito intenso. Há cerca de 8 anos removeram uma quantidade apreciável de solo, aquando da construção de uma habitação vizinha. Foi submetida a uma poda da responsabilidade da DGRF há 3 anos, a copa ficou algo desequilibrada. Foi colocado um poste da rede eléctrica mesmo colado à árvore, obrigando ao corte de uma pernada que entretanto crescia contra o poste. Está bastante afectada com vários ninhos de Thaumetopoea pytiocampa. A Classe de Estrago [Reg. Europeu1696/87] é de 2 .[numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta].

Intervenção recomendada:
Vigiar a descida das lagartas e aplicar insecticida na procissão. Instalar placa identificativa da árvore com as dimensões e a data da classificação.





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1 comentário:

Anónimo disse...

Conheço bem esta árvore, não imaginava que pudesse ter tantos anos...
Como seria um bom trabalho a nível nacional colocar placas identi/classificativas em todas as árvores que por uma ou outra razão o merecessem.
Não haverá nenhum projecto europeu para tal fim.
Porque não apresentar um projecto ao Ministério da Agricultura, ou quem sabe ao Ministério que tutela as Estradas de Portugal.
Fica aqui a sugestão de um transmontano, cidadão, que não sofre de dendrofobia, bem pelo contrário e que gostaria de ver o mundo ainda mais verde.