sábado, 5 de abril de 2008

O Castanheiro do lado

Mesmo ao lado do anterior, estava um outro exemplar da espécie, mas este encontrava-se ainda vivo, se bem que bastante maltratado.

Foi sujeito a uma intervenção há cerca de 15 anos, no sentido de tapar as grandes cavidades que entretanto se formaram no tronco e nos ramos principais. Se, em teoria, não haveria nada de errado com isso, o que acabou por ser feito desafia qualquer bom-senso.

As cavidades foram cobertas com... isso mesmo, já estão a adivinhar... cimento!!! (Não estivéssemos nós num país de empreiteiros...). Esta "solução" acabou por ter piores consequências do que as cavidades.

Em árvores desta idade e dimensões, a melhor intervenção é não intervir, deixar a árvore fazer o que sabe fazer melhor, tratar de si própria. A tentativa de cobrir os buracos acaba por "enganar" a árvore, que deixa de reagir como seria conveniente, e favorece a criação de microclimas e o desenvolvimento de fungos, bactérias e insectos.

Espécie: Castanea sativa M.

Classificada em: árvore por classificar

Idade estimada:
500-600 anos

Dimensões:

PAP: 7,60 m || DAP: 2,42 m
Altura: 12,00 m
Diâmetro de copa: 11,50 m

Condicionantes ambientais: A grande limitação desta árvore é efectivamente o cimento nas cavidades, aliado à idade avançada (estimada em 500 anos). A área de projecção de copa é uma superfície ajardinada, seguida por pavimento em calçada, o que é bastante menos prejudicial em termos de compactação para as raízes do que o asfalto ou cimento. A Classe de Estrago [Reg. Europeu 1696/87] foi de 3 [numa escala de 0-4, onde 0 representa uma árvore sã e 4 representa uma árvore morta].

Intervenções recomendadas: Quanto ao cimento, consideramos que o melhor a fazer é deixar ficar, receando que qualquer intervenção possa ser ainda mais prejudicial. Aconselhamos a colocação de uma placa identificativa da árvore, com as dimensões e a data de classificação de Árvore de Interesse Público.


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